Nova_Liderança

Nova Liderança

Picture of  Publicações da RGCE
Publicações da RGCE

Rodrigo Gimenez - Sócio Líder

Nova Liderança

 

Está mais do que claro que é preciso um novo tipo de liderança para um novo mercado de trabalho.

Os profissionais atuais não são como os de antigamente e, ao dizer isso, não faço juízo de valor e, muito menos, quero dizer que um é melhor ou pior que outro. Existem diferenças e isso é um fato.

A geração ‘Z’ chegou ao mercado de trabalho e com ela, muitas mudanças. Temos visto também situações como a “onda de demissões voluntárias” e a “demissão silenciosa” crescerem significativamente e isso ilustra bem esse fato que acabei de citar.

Diante dessas mudanças é muito claro que uma nova forma de liderança seja necessária. Talvez não exatamente nova, mas focada em aspectos que muitas empresas e lideranças têm negligenciado ou deixado nos últimos itens das listas de prioridades.

“Em um mundo que muda muito rápido, precisamos pensar e repensar na mesma medida. Repensar é uma habilidade, mas também uma mentalidade. Muitas das ferramentas mentais de que precisamos nós já temos, só precisamos nos lembrar de pegá-las no fundo do armário e tirar a ferrugem.”
Adam Grant

Algumas características poderiam ser citadas em uma lista do que seria essencial nesse novo perfil de liderança. Algumas delas, inclusive, coincidem com as que citei no artigo “Habilidades cruciais para o novo CFO”. Isso porque o “papel” do CFO atual é, obviamente, também um papel de liderança.

Seriam elas:

  • Comprometimento

Começo com esse item que pode soar óbvio, porém, além de não ser, anda escasso em muitas empresas.

Comprometimento tem relação com motivação, com identificação e com compromisso. Os novos profissionais buscam isso nas empresas e, por isso, não esperam menos de seus líderes.

Porém, para que exista de fato comprometimento, é preciso que exista essa identificação com os propósitos da empresa. Você é líder de algo em que acredita?

  • Diferentes tipos de inteligência  

Todo tipo de inteligência é benéfico em um líder, mas vou citar 3(três) que fazem grande diferença: inteligência cultural, interpessoal e emocional.

Inteligência cultural é a capacidade de não somente reconhecer as diferenças culturais existentes nas pessoas e o impacto delas, como enxergar e saber usar de forma positiva as características e impactos que a sua própria cultura internalizada traz.

Poderia ter colocado empatia, mas optei por inteligência interpessoal porque, na minha visão, abrange a empatia e mais algumas capacidades importantes. A inteligência interpessoal permite analisar, avaliar, reconhecer o outro e, dessa forma, se relacionar melhor.

A inteligência emocional é a capacidade de identificar e lidar com as suas emoções, e com as dos outros, de forma positiva.

Essas inteligências juntas, em um líder, fazem com que ele tenha um olhar sensível para si e para sua equipe, impulsionando o que alguns chamam de liderança humanizada.

  • Criatividade

Criatividade não é uma habilidade que somente alguns poucos possuem (como alguns pensam), e mais, pode ser treinada. Criatividade também não é só ter ideias mirabolantes e que ninguém teria.

O líder criativo é aquele que, com os recursos que tem, resolve os problemas ou evita que eles ocorram. É o que coloca as pessoas certas nos lugares certos e que enxerga o que a maioria não vê.

Termos como inovador e visionário, costumam ser usados para falar também de um líder criativo.

  • Colaboração

Podemos aqui colocar outro termo escutado no mercado, que é o do líder colaborativo.

Liderança não pode mais ser confundida com uma relação de via única ou a de “rainha e seus súditos”.

A colaboração é essencial e ela ocorre de todos os lados, para todos os lados. As pessoas não colaboram com quem não colabora com elas.

  • Autoconhecimento

Aquele que se conhece, sabe seus limites e os respeita. Com isso, possui facilidade de enxergar o limite dos outros e respeitá-lo.

Um líder que “se conhece bem”, além de ser um ser humano melhor, é também um líder melhor e consegue ajudar sua equipe nesse processo de autoconhecimento, que é tão essencial.

  • Resiliência

A resiliência é a capacidade de não somente lidar com as adversidades, como adaptar-se e superá-las.

E por que um líder precisa ser resiliente? Quando uma equipe é liderada por alguém resiliente, o olhar para as pedras no caminho e a forma de pisar nelas é outra. Esse exemplo dado pelo líder é (muito) importante.

  • Comunicação

Todo mundo acha que sabe se comunicar. Mas comunicação não é saber falar e escrever. Comunicação é fazer com que sua mensagem seja inteligível para o outro.

Um bom comunicador sabe como falar com cada tipo de público e um líder com essa característica se destaca.

– – –

Percebam como a maior parte dessa lista não são de características ensinadas e aprendidas nos cursos de graduação, MBA (alguns raros, sim…) e outros. E essa, talvez, seja a grande diferença entre a visão da antiga liderança e da nova liderança. O conhecimento técnico é, obviamente, essencial em um cargo de liderança, porém ele não é mais o definidor.

Não é o currículo com maiores certificações que ganhará a disputa para um cargo de liderança no novo cenário. Certamente será o dono do currículo que usa seu conhecimento técnico de forma mais assertiva, pensando nas relações interpessoais, no capital humano, na sustentabilidade.

Se voltarmos a pensar no que mencionei no início do artigo, sobre a onda de demissões e a demissão silenciosa, poderemos ver bem claramente que os profissionais estão em busca de empresas e, por consequência, de lideranças que os vejam mais do que como um número. Que atuem de forma positiva na vida daqueles que fazem parte delas e que se enxergue o propósito. Uma grande mudança de mentalidade é o que se propõe para o ambiente profissional atual, mexendo com a “zona de conforto”, principalmente dos líderes.

Olhe ao seu redor, olhe internamente para você, que é líder. Quantas dessas características listadas é possível dizer que você usa na sua liderança? Ou que os seus colegas usam na deles? Qual formação ou feedback durante a sua carreira trouxe embasamento para “regar” essas habilidades? Quantas contratações fez onde a inteligência emocional teve mais peso do que o coeficiente de inteligência?

Você, como líder, está preparado para essa mudança? E você, como profissional? E mais, você como pessoa? Estamos vivendo uma grande mudança de paradigma no que diz respeito ao mercado profissional, mas que também perpassa por mudanças no âmbito pessoal. Não é possível atuar nisso, que chamei de nova liderança, sem realizar drásticas mudanças internas. O desconforto certamente é muito maior do que se imagina, porém, para os que querem se manter no jogo, o caminho é só para frente.

O desconforto da mudança existe, é claro. A zona de conforto tem esse nome exatamente por isso. Porém, é certo que os grandes resultados aparecem após os grandes desconfortos.

A “zona de desconforto” talvez possa ajudar, saber lidar com ela e usá-la a seu favor é importante, quem sabe assim você, líder, consegue mexer com os seus liderados a ponto de encontrar caminhos antes não pensados? …se ‘desconforte…

  • Se ‘desconforte’ quando perceber falta de comprometimento;
  • Se ‘desconforte’ ao encontrar falta de inteligências (sim, com ‘s’ ao final);
  • Se ‘desconforte’ com a mesmice e com a falta de criatividade aparentes;
  • Se ‘desconforte’ se a falta de colaboração transparecer (perceba antes);
  • Se ‘desconforte’ ao não se deixar se conhecer (falta de autoconhecimento).
  • Se ‘desconforte’ sempre ao encontrar adversidades (falta de resiliência);
  • Se ‘desconforte’ por não ter diálogos (falta de comunicação);
  • Se ‘desconforte’…

 

 

#novaliderança #mercadodetrabalho #mudanças #geraçãoz #demissãosilenciosa #criatividade #inteligências #autoconhecimento #comprometimento #colaboração #resiliência #comunicação #zonadeconforto #zonadedesconforto #RGCE_simples #RGCE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Quem Somos

Perfil Equipe