Qual o impacto das eleições presidenciais no Brasil para o meio empresarial?

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Rodrigo Gimenez - Sócio Líder

Qual o impacto das eleições presidenciais no Brasil para o meio empresarial?

 

Certamente esse é um tema de interesse não somente dos empresários, mas também de todos que, de alguma forma, estão envolvidos com o meio empresarial, desde os funcionários, passando pelos fornecedores e os consumidores.

O fato é que, sim, existe um impacto das eleições no mercado empresarial. Mas a discussão precisa ser relacionada a qual o tamanho dele.

O objetivo desse artigo é falar sobre os impactos, sejam eles quais forem (positivos, negativos ou neutros, pequenos, médios, grandes ou nenhum) e refletir sobre o que se pode fazer durante esse período.

O primeiro turno das eleições ocorre daqui aproximadamente um mês e os debates e campanhas políticas estão a todo vapor. Com isso, as discussões sobre como os resultados das eleições afetarão as empresas crescem a cada dia.

Mas não é apenas neste ano de eleição, devido aos candidatos que se apresentam e a situação atual do País e do mundo, que esse debate acontece. Em todos os anos eleitorais isso ocorre. Por motivos óbvios, a forma como cada tipo de Governo age reflete na economia e ela reflete nos negócios, nos meios de produção, em todos os segmentos.

Neste atual momento pré-eleições em que vivemos, o que temos visto são alguns fatos, muita especulação e, claro, projeções aos montes, que, dependendo da fonte, se apresentam díspares umas das outras. Por isso, o principal agora é se “manter frio”.

Em falando de fatos e projeções, alguns, em específico, se relacionam com o ano eleitoral e merecem atenção especial do empresário Brasileiro: PEC Kamikaze, por exemplo.

A PEC Kamikaze trata-se de uma Proposta de Emenda à Constituição – PEC 1/2022, que prevê a liberação de gastos do Governo Federal para a criação de novos benefícios sociais em 2022, em pleno ano eleitoral. Aprovada em julho, isso trará um desequilíbrio fiscal que se manterá no próximo Governo. Seja ele qual for…

…e por que é chamada de PEC Kamikaze? …mais de R$ 41 bilhões em aumento nas despesas do Governo, não entrando no mérito se será ou não eficaz. Olhando somente para os valores, não é preciso entender muito de matemática e economia para imaginar que, em algum momento, essa conta não vai fechar, ou vai causar danos colaterais. Segundo alguns economistas, os danos já estão sendo vistos. A inflação que já estava em um patamar alto, tende a se elevar ainda mais.

Mudanças estruturais precisarão acontecer para “colocar as coisas no trilho” novamente. Fazem parte dessas mudanças as reformas que, durante este Governo, não foram adiante e cujas discussões, acredita-se, podem ajudar a delimitar as taxas de juros dos próximos anos.

No início do ano, uma grande parte dos empresários, de acordo com pesquisas, projetavam alta na taxa de crescimento de vendas e também acreditavam que o PIB seria estável, variando entre -0,5 e 0,5, enquanto a previsão do IFI era de 1,4%. Finalizado o primeiro semestre de 2022, o próprio IFI prevê um PIB de 2% neste ano, porém com redução para o próximo, na média de 0,6%.

Na Bolsa de Valores, o primeiro semestre foi de baixa, porém muitos especialistas acreditam que existe potencial de crescimento, principalmente com os resultados das eleições. Isso porque, independentemente dos resultados, o cenário interno brasileiro tende a “se acalmar” após a escolha do próximo mandante. Feita a escolha, as especulações, em sua maioria, cessam e as projeções começam a ser elaboradas a partir de dados mais assertivos e conhecidos.

As eleições de 2022 não só prometem, como já estão trazendo mudanças para o Brasil. Algumas dessas mudanças terão um impacto direto nas empresas, que precisarão se adaptar rapidamente.

Por exemplo, o aumento da carga tributária pode ser um impacto importante. Com a economia ainda se recuperando da pandemia, e dessas outras ações citadas acima, é provável que os novos governantes busquem formas de “repor os estragos”, aumentando (ainda mais) a carga tributária das empresas. “Tiro no pé” total, se isso ocorrer, mas é bom (empresário) ficar atento…

Diria que um caminho coerente, diante dessas poucas certezas e várias incertezas políticas e econômicas, é o de “olhar para dentro” primeiro. Façam um “Raio-X” cuidadoso, tenham bem claro os objetivos de curto prazo (neste caso), além de revisar os de médio e longo, se valendo de cenários. Se perguntem: – Estou preparado, caso alguns desses cenários ocorra? Enxergar o cenário atual de forma clara e fazer as projeções, servirão de preparação para um movimento sem emoções…

Relembrando, as eleições são eventos esperados (o que facilita), muito estudados e com diversas fontes de pesquisa. Portanto, usar esse conhecimento é um diferencial para obter melhores resultados, independente dos impactos. A cada eleição, os personagens mudam, o cenário apresenta modificações, mas a dinâmica macroestrutural e a forma como os mercados se movimentam diante dela costumam se manter, ou se repetir.

Neste caso, a variável “Eleições Presidenciais no Brasil”, tende a nos fazer refletir sobre outras eleições passadas e seus efeitos. Nenhuma eleição é igual, não quero forçá-los a simplificar o tema, mas avaliar o que ocorreu, refazer as projeções, recalcular os possíveis caminhos adotados, é uma forma de se manter frio…e, claro, seguindo em frente.

Seguir usando todo o conhecimento anterior como fonte, estando atento aos acontecimentos atuais (por isso é preciso se manter informado) e olhando para o futuro de forma ponderada, porém otimista.

Nem seria preciso dizer, mas o empresário brasileiro é, antes de qualquer coisa e por natureza, pós-doutorado em driblar crises. Passaremos por mais essa…

 

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